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O Ministério Público de São Paulo abriu uma investigação e exigiu esclarecimentos urgentes da Prefeitura sobre o afastamento de 25 diretores de escola na rede municipal. A iniciativa foi motivada por uma denúncia do vereador Professor Toninho Vespoli (PSOL), que apontou diversas irregularidades no processo conduzido pela Secretaria Municipal de Educação (SME).

Como começou o problema?

Segundo a SME, o critério adotado para os afastamentos foi o baixo desempenho das escolas no IDEB e IDEP. No entanto, a denúncia revelou falhas graves que comprometem a legalidade e a transparência da medida.

  • Direito à defesa desrespeitado: Os diretores afastados não tiveram a chance de se manifestar antes da decisão.
  • Falta de participação da comunidade escolar: A substituição foi definida de forma unilateral pelas Diretorias Regionais de Educação (DREs).
  • Gestão centralizada: A medida representa um sério retrocesso para a autonomia das escolas públicas.

“Isso não é capacitação, é perseguição política”, afirmou Toninho Vespoli.

O que está em jogo?

Ataque à gestão democrática

A nova Instrução Normativa SME nº 27/2025 fere o Artigo 206 da Constituição Federal, que garante a gestão democrática do ensino público. Além disso, desconsidera a importância da participação da comunidade nas decisões escolares.

Falta de transparência

Por outro lado, a Prefeitura não deixou claro quais foram os critérios utilizados para o afastamento. Os diretores sequer foram informados com antecedência ou tiveram a oportunidade de defesa.

Acusações injustas

“Como responsabilizar apenas os diretores, se faltam professores, merenda e infraestrutura nas escolas?”, questiona o vereador.

Por que o afastamento de diretores na Prefeitura é grave?

O afastamento de diretores na Prefeitura, sem diálogo ou transparência, provoca diversos impactos negativos:

  • Desrespeita servidores concursados, que passaram por processo seletivo público
  • Enfraquece a autonomia escolar, comprometendo o trabalho coletivo das unidades
  • Desvia a atenção dos reais problemas da educação, como falta de investimentos e precarização

O que o Ministério Público quer saber?

Diante da gravidade da denúncia, o MP exigiu que a Prefeitura apresente:

  • Critérios claros e objetivos para justificar os afastamentos
  • Garantias do direito ao contraditório e ampla defesa
  • Explicações sobre a mudança no processo de substituição dos gestores

E agora?

A Prefeitura tem cinco dias úteis para responder aos questionamentos. Enquanto isso, Toninho Vespoli segue cobrando:

  • Transparência em todos os processos
  • Respeito aos profissionais da educação
  • Gestão verdadeiramente democrática nas escolas públicas

“Não vamos permitir que a educação vire moeda de troca política”, conclui o vereador.

Veja a fala em plenário do Vereador professor Toninho Vespoli.