Atraso no pagamento de artistas do PIÁ escancara descaso com a cultura em SP
Mesmo com mais de R$ 30 bilhões em caixa, a Prefeitura de São Paulo atrasou o pagamento de profissionais do Programa de Iniciação Artística (PIÁ). A situação é tão grave que o Ministério Público do Trabalho (MPT) intimou a Secretaria de Cultura a se explicar.

Prefeitura atrasa pagamento e obriga artistas a fazer empréstimos
Os artistas esperavam o depósito referente ao mês de novembro logo no início de janeiro. Contudo, o valor só caiu nas contas no fim do mês. Por isso, muitos precisaram fazer empréstimos, atrasaram contas e passaram por dificuldades. Apesar disso, a prefeitura não se comprometeu a pagar juros ou reparações.
Além disso, é inaceitável que uma gestão com tanto dinheiro em caixa trate seus trabalhadores dessa forma. Onde está o compromisso com a cultura?
Gestão Nunes prefere gastar com Michelle Bolsonaro
Enquanto os artistas esperavam receber, a Prefeitura autorizou o uso do Theatro Municipal para homenagear Michelle Bolsonaro, ex-primeira-dama e apoiadora de atos antidemocráticos. A estimativa é de que o evento tenha custado mais de R$ 150 mil. Isso mostra que, embora falte verba para os artistas, sobra dinheiro para agradar a base bolsonarista.
Centro Cultural São Paulo alagado: mais um símbolo do abandono
Como se não bastasse, o Centro Cultural São Paulo (CCSP) também enfrenta problemas. Em janeiro, shows da Orquestra Mundana Refugi, da banda Funk Como Le Gusta e da Banda Colomy foram adiados. O motivo? Chovia mais dentro do prédio do que fora dele. A estrutura está tão comprometida que a programação entre os dias 12 e 21 precisou ser remarcada.
Toninho Vespoli aciona novamente o Ministério Público
Diante desse descaso, o vereador Toninho Vespoli voltou a denunciar a gestão ao Ministério Público. Ele já havia feito uma denúncia em 2022, mostrando a precariedade das bibliotecas públicas. Agora, com provas atualizadas, cobra que a prefeitura reforme urgentemente o CCSP e trate a cultura com seriedade.
Descaso com artistas e cultura: basta!
O atraso no pagamento de artistas mostra, mais uma vez, que a cultura não é prioridade para Ricardo Nunes. Ao mesmo tempo em que persegue artistas, ele usa o dinheiro público para promover aliados políticos. Enquanto isso, os centros culturais apodrecem e os trabalhadores são tratados com desrespeito.
O povo paulistano merece uma gestão comprometida com a arte, com a cultura e com o respeito aos trabalhadores!