A crise da educação pública em São Paulo não é acidental. Na verdade, trata-se de um projeto político deliberado para desmontar a rede municipal de ensino e entregar parte de sua estrutura à iniciativa privada. Como já dizia Darcy Ribeiro, “A crise da educação no Brasil, não é uma crise, é um projeto”.
Portanto, não estamos diante de falhas administrativas pontuais, mas sim de uma estratégia planejada que transforma direitos em mercadorias. A gestão de Ricardo Nunes aprofunda esse modelo, tratando a educação pública como moeda de troca política.
Sucateamento para justificar privatizações
Durante mais de uma década, os servidores da educação enfrentaram reajustes salariais irrisórios. Como consequência, acumularam perdas irreparáveis. Além disso, políticas como a reforma da previdência e o confisco de 14% dos salários agravaram a situação desses profissionais.
Por outro lado, a prefeitura não investiu na construção de novas escolas da rede direta. Em vez disso, preferiu entregar unidades escolares prontas à iniciativa privada, como os CEUs e CEMEIs repassados ao Instituto Bacarelli. Esse modelo resultou na superlotação de escolas existentes e na perda de espaços pedagógicos importantes, como brinquedotecas e salas de leitura.
Obras ineficazes e falta de estrutura nas escolas
A infraestrutura das escolas municipais está cada vez mais precária. Isso se deve, em grande parte, à realização de obras superfaturadas que ignoram as necessidades reais da comunidade escolar. Enquanto isso, faltam profissionais, equipamentos básicos e condições adequadas de trabalho.
Além disso, a ampliação da jornada escolar é apenas aparente. Não se trata de um avanço se não há qualidade no tempo de permanência dos estudantes nas escolas. A ausência de concursos, a fragilidade das redes de proteção e o descaso com a saúde mental dos educadores agravam ainda mais a crise.
Toninho Vespoli segue firme na defesa da educação pública
O vereador Professor Toninho Vespoli, educador da rede municipal e representante do PSOL, continua sendo uma das vozes mais combativas na Câmara Municipal. Seu mandato atua ativamente na defesa da valorização profissional, da qualidade do ensino e dos direitos de estudantes e trabalhadores da educação.
Além disso, Toninho promove escutas com as comunidades escolares, fiscaliza contratos suspeitos, denuncia irregularidades e propõe medidas concretas para melhorar as condições de trabalho e de aprendizagem.
Junte-se à mobilização por uma educação pública de verdade!
A crise da educação pública não é inevitável. Com organização, mobilização e participação ativa da população, é possível resistir ao desmonte. Por isso, é fundamental fortalecer os atos, acompanhar as votações e pressionar os gestores públicos.
Compartilhe sua experiência e ajude a construir uma educação pública forte, gratuita e de qualidade para todas e todos!