O vereador Professor Toninho Vespoli (PSOL) apresentou o Projeto de Lei nº 695/2025. A proposta é incluir no calendário oficial da cidade de São Paulo o “Dia da Nakba e da Luta Contra o Holocausto Palestino”, a ser celebrado anualmente em 15 de maio. Veja mais leis e projetos do Professor Toninho Vespoli.

A palavra Nakba, que significa “catástrofe” em árabe, marca o êxodo forçado de mais de 750 mil palestinos em 1948, durante a criação do Estado de Israel. Ao contrário do que se costuma pensar, esse deslocamento não foi acidental. Foi, na verdade, parte de uma política sistemática de limpeza étnica, já reconhecida por historiadores — inclusive por israelenses como Ilan Pappé.
Com o projeto, Toninho Vespoli reforça que a Nakba não é apenas um fato do passado. Pelo contrário, é uma tragédia que ainda continua. Por isso, a proposta vai além da memória histórica. Ela também representa um ato de denúncia contra o genocídio em curso, sobretudo na Faixa de Gaza.
Desde outubro de 2023, os ataques se intensificaram. Mais de 35 mil palestinos foram mortos, a maioria mulheres e crianças. Hospitais, escolas e redes de água e energia foram destruídos. Além disso, a ajuda humanitária é bloqueada, e a fome é usada como arma de guerra. Não se trata de um conflito comum, mas de um projeto de extermínio físico e simbólico.
Nesse cenário, São Paulo não pode se calar. A cidade é lar de uma grande comunidade árabe-palestina. Essas famílias reconstruíram aqui suas vidas e seguem lutando por memória, justiça e dignidade.
“O Dia da Nakba precisa ser lembrado como um ato de solidariedade e resistência. Ficar em silêncio é ser cúmplice do genocídio.” — destaca Toninho Vespoli.
A proposta também resgata um princípio essencial: direitos humanos valem para todos os povos. Como aprendemos com o Holocausto judeu, é dever da humanidade reagir diante de qualquer tentativa de apagamento e destruição.
Um dia para lembrar, resistir e agir
O 15 de maio deve ser um momento de reflexão, mobilização e compromisso com a paz. A aprovação do projeto é um passo simbólico, mas também urgente. Afinal, a luta por justiça exige coragem e memória.
O mandato de Toninho Vespoli seguirá firme ao lado dos que defendem a vida, a liberdade e o direito dos povos à autodeterminação.