Skip to main content

Um chamado à responsabilidade global

O pronunciamento do presidente Lula na Assembleia Geral da ONU não foi apenas mais uma fala diplomática. Pelo contrário, ele representou um verdadeiro chamado à responsabilidade global diante das crises que colocam em risco os pilares da democracia, da justiça social e da soberania popular.

Discurso de Lula na ONU: Soberania e democracia são inegociáveis

Desde o início, Lula foi categórico ao afirmar que a autodeterminação dos povos deve ser respeitada incondicionalmente. Ele declarou que “a solução para os problemas de um país jamais será uma solução importada”, em crítica direta às sanções unilaterais — como as impostas à Venezuela.

Além disso, esse mesmo argumento se aplica ao Brasil. A responsabilização de Jair Bolsonaro por crimes contra o Estado Democrático de Direito é um exemplo disso. Lula lembrou que a independência do Judiciário deve ser garantida, e que “não há pacificação com impunidade”.

Gaza: o genocídio que o mundo finge não ver

Em outro trecho forte de seu discurso, Lula demonstrou coragem moral ao dizer que “nada justifica o genocídio em Gaza”. Com isso, ele denunciou de forma clara o massacre do povo palestino promovido pela política de extermínio do governo de Israel.

Ademais, ele cobrou coerência da comunidade internacional. Afinal, por que algumas vidas despertam comoção mundial e outras não? Lula exigiu o reconhecimento imediato de um Estado Palestino soberano, com base nas fronteiras de 1967, e defendeu seu ingresso como membro pleno da ONU.

Cessar-fogo já e ajuda humanitária urgente

Lula também enfatizou a urgência de um cessar-fogo imediato em Gaza. Ele defendeu o envio de ajuda humanitária e a proteção da população civil. Para ele, o massacre é insustentável do ponto de vista moral, político e jurídico.

Além disso, propôs uma conferência internacional de paz liderada por organismos multilaterais, com base no direito internacional.

Discurso de Lula na ONU: Regulação das redes sociais é defesa da democracia

O presidente também aproveitou a tribuna da ONU para reforçar a importância da regulação global das redes sociais. Para ele, plataformas digitais não podem continuar sendo “terras sem lei”, onde o discurso de ódio e a desinformação prosperam sem controle.

De forma objetiva, Lula defendeu que empresas como X (Twitter), Meta (Facebook e Instagram) e outras devem ser responsabilizadas pelos conteúdos que hospedam. Mais do que isso, propôs que a ONU liderasse a criação de um marco regulatório global, garantindo transparência dos algoritmos e responsabilização das plataformas.

Taxar os super-ricos é questão de justiça

Por fim, Lula abordou uma das pautas mais urgentes da atualidade: a taxação dos super-ricos. De acordo com ele, é imoral que bilionários continuem aumentando suas fortunas enquanto milhões de pessoas vivem com fome.

Nesse sentido, Lula defendeu a criação de um fundo global para financiar saúde, educação e transição ecológica, com base em propostas de economistas como Thomas Piketty. Essa medida, segundo o presidente, não é assistencialismo — é justiça fiscal.

De que lado estamos?

Em síntese, o discurso de Lula foi uma convocação global por justiça, coragem e soberania popular. Ao confrontar os crimes do passado e do presente — tanto em nosso país quanto no cenário internacional — ele posicionou o Brasil como uma voz ativa na defesa da democracia e da paz.

📢 Como cidadãos, temos o dever de ecoar esse chamado. Afinal, democracia se constrói com coragem, justiça e solidariedade.