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Todo início de ano, a cidade de São Paulo aparece nos noticiários com o mesmo drama: enchentes, alagamentos, enxurradas, mortes e desaparecidos. A crise é antiga, previsível e evitável.

Na minha trajetória, comecei a militância política lutando contra as enchentes do Córrego do Oratório, na Zona Leste. Décadas depois, é desolador perceber que o cenário continua se repetindo: famílias ilhadas, casas submersas, vidas interrompidas. É como assistir ao mesmo filme triste, ano após ano, mas com o agravante de que a tragédia só piora.

Chuvas intensas e falta de planejamento agravam enchentes em São Paulo

De um lado, temos um cenário climático cada vez mais extremo. Somente em fevereiro, por exemplo, choveu 161 mm em São Paulo até o dia 2 — o que representa 65% da média prevista para o mês inteiro, segundo o Centro de Gerenciamento de Emergências (CGE).

Por outro lado, a cidade não tem estrutura nem políticas públicas eficazes para enfrentar as consequências das mudanças climáticas. E a responsabilidade é direta do prefeito Ricardo Nunes, que desmontou a Secretaria do Verde e Meio Ambiente e mantém uma Secretaria Executiva de Mudanças Climáticas praticamente inoperante.

Gestão Nunes ignora soluções ambientais e investe em retrocessos

Enquanto cidades no mundo todo adotam soluções sustentáveis como a “cidade esponja”, Nunes segue na contramão. Em vez de investir em drenagem verde, preservação ambiental e contenção de cheias, ele prefere:

  • Cortar 172 árvores, incluindo 78 nativas, para construir um túnel que liga nada a lugar nenhum;
  • Projetar um incinerador em São Mateus, que prevê o corte de 10 mil árvores;
  • Abandonar obras essenciais, como o pôlder prometido para o Jardim Pantanal, que deveria ter sido entregue em setembro de 2023.

O Jardim Pantanal, no extremo leste da cidade, segue alagado. A estrutura prometida para conter as inundações do rio Tietê nunca foi concluída.

O povo pede socorro e a Prefeitura não ouve

Enquanto a população clama por ajuda, o prefeito ignora as demandas e não apresenta nenhuma solução estrutural real. A cidade continua vulnerável, sem resiliência climática, e as comunidades mais pobres seguem pagando o preço com perdas irreparáveis.

Se o prefeito e seu vice se recusam a escutar, nosso mandato se compromete a ser a voz dos que sofrem com as enchentes em São Paulo. Em breve, publicaremos depoimentos de moradores atingidos — porque é preciso mostrar o que a Prefeitura se recusa a enxergar.


📌 Acompanhe nosso trabalho e conheça nossas propostas para uma São Paulo mais segura, humana e resiliente: https://www.toninhovespoli.com.br/