As enchentes na Zona Leste de São Paulo fizeram mais uma vítima. No último domingo, Valdete Borges de Oliveira, de 75 anos, perdeu a vida após sua casa ser invadida pela enxurrada na Vila Verde, região de São Miguel Paulista. De acordo com a Defesa Civil do Estado, esse já é o 18º óbito relacionado às chuvas na capital paulista apenas neste ano.
Entretanto, essa tragédia não resulta de um evento natural isolado. Pelo contrário: é fruto do abandono da prefeitura diante de um problema crônico que se repete ano após ano. Apesar de ter mais de R$ 30 bilhões em caixa, a atual gestão insiste em não investir de forma séria no combate às enchentes.

Falta de investimentos agrava as enchentes na Zona Leste
Historicamente, a região é negligenciada pelo poder público. O prefeito Ricardo Nunes, por sua vez, continua priorizando obras de asfalto e publicidade. Enquanto isso, bairros como São Miguel Paulista, Sapopemba e Itaim Paulista seguem sem infraestrutura básica de drenagem.
Por consequência, essa omissão custa vidas e intensifica o sofrimento de milhares de famílias. Em pleno 2025, é inaceitável que a cidade mais rica do Brasil ainda trate enchentes na Zona Leste como se fossem inevitáveis, em vez de enfrentá-las com planejamento, responsabilidade e compromisso social.
Epidemia de dengue agrava o cenário de abandono
Além disso, a cidade enfrenta uma grave epidemia de dengue, que afeta principalmente as periferias. São Paulo já registra 414 casos para cada 100 mil habitantes, superando o limite estabelecido para se considerar uma epidemia. Até 11 de março, a cidade já somava 11 mortes pela doença.
No entanto, a prefeitura segue despreparada. Faltam ações efetivas, agentes de saúde e planejamento. Sobram, por outro lado, declarações vazias e promessas que não saem do papel. A ausência de políticas públicas sérias coloca toda a população paulistana em risco.
O povo da Zona Leste exige respostas urgentes
Enquanto vidas continuam sendo perdidas, o prefeito segue omisso. Não há justificativa plausível para tamanho abandono. A população da Zona Leste está cansada de discursos. O que se exige, com urgência, são ações concretas e efetivas.
Portanto, é necessário investir em obras contra enchentes, reforçar o combate à dengue e garantir proteção real para os moradores das áreas mais afetadas. As enchentes na Zona Leste não são meros desastres naturais: são consequência direta de escolhas políticas que favorecem poucos e negligenciam muitos.
Chega de descaso! A Zona Leste merece respeito, dignidade e políticas públicas à altura de sua importância.