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Ricardo Nunes quer instalar incinerador em São Mateus e derrubar 63 mil árvores

São Paulo enfrenta mais uma ameaça ambiental liderada por Ricardo Nunes. Em dezembro de 2024, a Câmara Municipal aprovou a Lei 18.209/2024, que autoriza a ampliação do aterro de São Mateus e a construção de um incinerador de lixo altamente poluente. Enquanto isso, a população sequer foi ouvida.

Ampliação do aterro e instalação de incinerador

Com a nova lei, o Plano Diretor sofreu alterações que abriram caminho para:

  • A expansão do Aterro Sanitário de São Mateus, onde o lixo da cidade é enterrado;
  • A criação de um incinerador de lixo, que libera dioxinas e gases de efeito estufa, altamente tóxicos.

Além disso, o projeto prevê o desmatamento de 63 mil árvores e a destruição de nascentes do Rio Aricanduva. O impacto atingirá comunidades próximas e colocará em risco a saúde de milhares de moradores da Zona Leste e da Grande São Paulo.

Modelo de gestão favorece interesses privados

Ricardo Nunes mantém contratos milionários com empresas privadas sem nova licitação. Essas empresas, responsáveis pela coleta de lixo, reciclam menos de 1% dos resíduos da cidade — o pior índice entre as capitais brasileiras. Portanto, em vez de investir em soluções sustentáveis, como compostagem e ampliação da coleta seletiva, o governo opta por priorizar práticas ultrapassadas e danosas.

Por outro lado, esse modelo reforça a lógica da privatização disfarçada, prolongando contratos ineficientes que mantêm São Paulo na contramão da gestão ambiental moderna.

“Eco Parque Leste” esconde riscos e omite informações

Embora a Prefeitura tenha adotado o nome “Eco Parque Leste” para suavizar o projeto, os documentos oficiais não detalham quais atividades ocorrerão no local. Além disso, os estudos:

  • Omitem os impactos sociais e ambientais;
  • Não esclarecem os riscos à saúde;
  • Ignoram a presença de gases cancerígenos liberados pela queima do lixo.

Assim, o projeto tenta mascarar seus danos sob um nome “sustentável”, mas, na prática, ameaça diretamente a população de São Mateus e bairros vizinhos.

Audiência pública popular convoca a resistência

Diante da gravidade do projeto, a população organizou uma audiência pública popular para denunciar os riscos e exigir o cancelamento imediato da proposta.

📍 Local: Rua Antônio Mariano Leme, 65 – São Mateus
📆 Data: Sábado, 04 de outubro
🕙 Horário: 10h da manhã

É fundamental comparecer. A mobilização popular pode impedir mais esse crime ambiental. Só com pressão das ruas será possível barrar esse retrocesso.

A cidade precisa de justiça ambiental, não retrocessos

Enquanto escolas enfrentam falta de merenda e a coleta seletiva segue ineficiente, a Prefeitura prefere gastar milhões com um projeto tóxico. Essa escolha escancara as prioridades da atual gestão, que favorece empresas privadas e sacrifica a saúde da população.

Por isso, defender a Zona Leste e proteger São Mateus significa resistir à destruição ambiental. O povo tem o direito de decidir o futuro da cidade. Não podemos permitir que mais árvores desapareçam em nome de interesses privados.