JEIF é direito: por que readaptados não podem perder formação
Ameaça à formação continuada dos professores readaptados
Em São Paulo, a gestão do prefeito Ricardo Nunes e do secretário Fernando Padula tenta retirar a JEIF dos professores readaptados da rede municipal. Embora pareça apenas uma mudança técnica, essa medida representa um ataque direto a direitos fundamentais de quem dedicou a vida à educação pública.
A luta pela manutenção da JEIF
A tentativa de suprimir a Jornada Especial Integral de Formação (JEIF) já chegou ao Judiciário. Felizmente, graças à mobilização de profissionais e mandatos comprometidos com a educação, uma decisão liminar garantiu provisoriamente a manutenção do direito. No entanto, a ameaça continua e pode resultar, a qualquer momento, na perda de formação e na redução salarial dos educadores afetados.
Por que tantos professores adoecem?
Antes de punir, o poder público deveria, no mínimo, refletir sobre as causas do adoecimento docente.
De fato, esses profissionais enfrentam salas superlotadas, carência de recursos básicos, jornadas exaustivas e ausência de políticas públicas voltadas à saúde mental. Além disso, muitos são obrigados a atuar em mais de uma escola para sustentar suas famílias. Portanto, retirar a JEIF é penalizar quem já carrega o peso do abandono estatal.
O que representa a JEIF?
A JEIF não é privilégio nem bônus. Ao contrário, trata-se de um espaço garantido para formação continuada. É durante esse período que educadores estudam, planejam, avaliam e compartilham experiências. Portanto, enfraquecer esse direito compromete toda a comunidade escolar, que depende de professores bem formados e atualizados.
Readaptação é direito, não castigo
A readaptação é uma política prevista em lei para servidores com restrições laborais. Ainda que estejam afastados de algumas atividades, esses profissionais seguem como educadores. Portanto, não podem ser tratados como invisíveis, muito menos como inválidos.
Além disso, o que se espera de uma gestão pública é acolhimento, não perseguição. O caminho deve ser o investimento na formação e na valorização de quem educa — não o corte de direitos.
Um apelo à gestão municipal
O mandato do Professor Toninho Vespoli reafirma, mais uma vez, seu compromisso com a defesa da educação pública. Assim, é preciso dizer com todas as letras: retirar a JEIF dos professores readaptados é imoral, injusto e inconstitucional.
Em vez de agir com autoritarismo, a Prefeitura deveria visitar as escolas, ouvir os educadores e construir políticas públicas reais. Porque punir quem educa é punir toda São Paulo. A luta pela manutenção da JEIF é, antes de tudo, uma luta pelo direito à formação, à valorização e à dignidade de quem transforma vidas diariamente.




