O pancadão do Nunes no Vale do Anhangabaú virou símbolo do descaso com os moradores do centro de São Paulo. Desde que a Prefeitura concedeu o espaço à gestão privada, em 2021, o local tem sido palco de festas com som alto, luzes intensas e impactos negativos sobre a população da região. Diante disso, venho a público cobrar providências e exigir respeito a quem vive no entorno.

Poluição sonora e visual causam sofrimento
As festas realizadas no Anhangabaú chegam a atingir até 79 decibéis durante a madrugada. Esse barulho invade apartamentos de edifícios como o Planalto e o Viadutos, afetando diretamente o sono e a saúde dos moradores. Além disso, canhões de luz e lasers projetados durante os eventos causam incômodo visual, mesmo dentro das residências.
Saúde mental em risco por causa do pancadão do Nunes
A exposição contínua a ruídos e luzes intensas tem gerado sérias consequências. Moradores relatam estresse, crises de ansiedade e até a necessidade de usar medicamentos para conseguir dormir. O que era para ser um espaço público de convivência tornou-se um problema crônico de saúde pública.
Bloqueios e prejuízos ao patrimônio público
Os eventos promovidos no Vale do Anhangabaú não causam apenas incômodo. Também dificultam a circulação de pedestres e o acesso a serviços públicos. Em alguns casos, como o da Escola Municipal de Música, as aulas chegaram a ser canceladas por causa do barulho.
Ação Popular e requerimentos sobre o pancadão do Nunes
Diante desse cenário, ingressei com uma Ação Popular para que a Fazenda Pública investigue a lei que flexibilizou os limites de poluição sonora nos eventos públicos. Também pretendo realizar uma audiência pública para tratar diretamente dos impactos causados pelo pancadão do Nunes.
Além disso, apresentarei requerimentos na CPI do Pancadão para que o caso seja debatido com seriedade. Afinal, se há uma CPI em andamento, por que não investigar os eventos que mais impactam negativamente a vida dos moradores?
Falta de fiscalização e resposta da Prefeitura
Mesmo diante de inúmeras denúncias à Prefeitura e à polícia, as ações de fiscalização são inexistentes ou ineficazes. A administração municipal defende a concessão como uma “ação cultural”, mas ignora os transtornos causados aos cidadãos. Os interesses privados, mais uma vez, falam mais alto que o direito ao descanso.
A Câmara precisa agir com coragem
Será que os vereadores terão coragem de investigar o pancadão do Nunes no Anhangabaú? Ou seguirão fingindo que não sabem o que acontece? É hora de dar voz a quem sofre diariamente com esse desrespeito.
Vamos mostrar que esta Câmara não se cala diante de injustiças! Exigimos que a Prefeitura reveja a concessão, regulamente os eventos e coloque em primeiro lugar o bem-estar dos moradores do centro de São Paulo.
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