Patinetes elétricos em São Paulo: o que está errado e como mudar
O uso de patinetes elétricos em São Paulo provoca impactos negativos no cotidiano da cidade. Embora o discurso oficial defenda essa modalidade como sustentável e moderna, a realidade nas ruas mostra outra coisa. Esses veículos permanecem concentrados em bairros nobres, sem atender às regiões periféricas.

Além disso, muitos usuários desrespeitam o espaço público. Estacionam os patinetes no meio das calçadas, sem considerar o fluxo de pedestres. Por isso, quem caminha precisa sair da calçada e circular na rua, correndo risco de acidentes.
Pessoas com deficiência também enfrentam grandes obstáculos. Diversos patinetes obstruem trilhas táteis e guias rebaixadas, impedindo a locomoção segura. Ou seja, a cidade perde acessibilidade por causa de um modal elitista e mal regulamentado.
Para piorar, muitos condutores circulam sem capacete, em alta velocidade e na contramão, até mesmo em avenidas como Rebouças e Faria Lima. Essa imprudência resulta em colisões e quedas. Cidades como Rio de Janeiro e Porto Alegre já registram aumentos expressivos de acidentes. Enquanto isso, a Prefeitura de São Paulo continua omissa e evita divulgar dados claros, mesmo diante dos riscos evidentes.

Diante desse cenário, o mandato do Professor Toninho Vespoli defende mudanças imediatas. As medidas propostas incluem:
- Obrigação de uso de capacete, com fornecimento pelas operadoras;
- Definição de áreas exclusivas para circulação e estacionamento;
- Multas a quem bloquear calçadas e punição também às empresas responsáveis;
- Apreensão imediata de patinetes estacionados irregularmente.
Com essas ações, São Paulo pode retomar o controle do espaço público e garantir mobilidade com justiça, segurança e respeito. O uso de patinetes precisa seguir regras claras e proteger quem mais depende do espaço urbano: o pedestre.

