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É só ligar a televisão para perceber: a cidade mostrada nas propagandas da Prefeitura de São Paulo não existe na vida real. Enquanto o prefeito Ricardo Nunes vende uma imagem de eficiência, a verdade nas ruas é bem diferente. São Paulo está abandonada, e quem mora nas periferias sabe disso melhor do que ninguém.

Aliás, basta andar por bairros como Itaim Paulista, Sapopemba ou São Miguel para confirmar o abandono. Enquanto isso, vereadores aliados seguem defendendo um governo que ignora os problemas reais da população.

Recapeamento é maquiagem: a cidade segue abandonada

Embora a Prefeitura tenha mais de R$ 35 bilhões em caixa, o foco da gestão tem sido o recapeamento de grandes avenidas. Assim, Nunes prioriza obras que agradam a um público específico — motoristas — em vez de cuidar das áreas mais necessitadas.

Além disso, esse investimento em aparência não resolve os problemas estruturais. São Paulo precisa de infraestrutura, saneamento, áreas verdes conservadas e serviços públicos de qualidade — não de maquiagem eleitoral.

Parque do Carmo ilustra o descaso com a Zona Leste

Durante uma visita recente ao Parque do Carmo, um dos maiores da capital, ficou evidente o estado de abandono. São 2,4 milhões de metros quadrados praticamente esquecidos pelo poder público. Veja alguns dos problemas observados:

  • Banheiros quebrados ou desativados;
  • Gradis enferrujados e caindo aos pedaços;
  • Calçadas esburacadas, tanto dentro quanto fora do parque;
  • Crateras abertas, sem qualquer sinalização ou isolamento.

Não é de hoje que moradores denunciam o abandono. No entanto, a Secretaria do Verde segue empurrando promessas que nunca saem do papel. Portanto, o problema não é falta de dinheiro — é descaso mesmo.

Outros parques também confirmam: São Paulo está abandonada

A situação do Parque Ermelino Matarazzo repete o mesmo roteiro. Lá, o cenário é igualmente preocupante: banheiros interditados, brinquedos quebrados e infraestrutura precária. Fica claro que o problema não é isolado, mas estrutural.

Vale lembrar que, recentemente, também recebemos denúncias semelhantes de outros espaços públicos da cidade. Ou seja, não se trata de um caso pontual, mas sim de uma política de abandono da periferia paulistana.

É preciso reagir: a periferia exige dignidade

Enquanto o prefeito gasta milhões em publicidade, as áreas mais pobres seguem esquecidas. Por isso, a população precisa cobrar. Não faltam recursos; falta vontade política.

São Paulo abandonada é resultado de uma gestão que prefere propaganda à ação concreta. Entretanto, as periferias exigem respeito, cuidado e investimentos reais.

Não podemos aceitar que uma cidade tão rica continue negligenciando seus moradores mais vulneráveis. Chega de abandono. A Zona Leste — e toda São Paulo — merece mais do que promessas vazias.