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Na última semana, o vereador Professor Toninho Vespoli protocolou uma representação no Ministério Público do Estado de São Paulo. Ele cobra transparência e responsabilidade ambiental na implantação da futura Estação Chácara do Jockey, da Linha 4-Amarela do Metrô.

Segundo documentos oficiais e decretos de desapropriação já divulgados, o projeto prevê a instalação de valas abertas, poços, saídas de emergência e sistemas de ventilação. Essas estruturas devem ocupar áreas de alta sensibilidade ambiental e hidrológica na zona oeste da cidade.

A construção ameaça diretamente parques importantes da região, como o Charque Grande–Ibiraporã, o Pires Caboré e o Parque Chácara do Jockey. Além disso, os córregos Charque Grande, Ibiraporã, Poá e Pires Caboré — todos afluentes do Ribeirão Pirajuçara — podem sofrer impactos sérios. Essa região já enfrenta alagamentos recorrentes e possui grande relevância para a contenção de enchentes e a preservação de áreas verdes.

Falta diálogo com a população e estudos ambientais

Apesar da gravidade dos impactos potenciais, o governo não apresentou publicamente estudos prévios de impacto ambiental (EIA/RIMA), exigidos por lei para esse tipo de obra. Também não realizou audiências públicas nem escutou a população das áreas diretamente afetadas.

Com a ausência de diálogo e de documentação técnica levanta sérias dúvidas sobre a legalidade e a regularidade do processo. “A cidade precisa se desenvolver com responsabilidade e ouvindo as pessoas. Não podemos aceitar que obras de grande porte avancem sem respeitar o meio ambiente e os moradores do entorno”, afirma o vereador Toninho Vespoli.

O Plano Diretor Estratégico de São Paulo, o PLANPAVEL, e o Caderno de Drenagem da Bacia do Pirajuçara já classificam essa região como prioritária para drenagem urbana, infiltração hídrica e formação de corredores ecológicos. Ignorar essas diretrizes representa um retrocesso ambiental e urbanístico.

O que a representação exige

Diante desse cenário, a representação apresentada por Toninho Vespoli solicita que o Ministério Público:

  • Abra uma investigação para apurar irregularidades no traçado e no planejamento da obra;
  • Solicite todos os estudos técnicos e ambientais que embasaram o projeto;
  • Exija justificativas para a escolha do local e para a não consideração de alternativas menos impactantes;
  • Tome providências legais caso identifique falhas, inclusive com a possibilidade de propor uma Ação Civil Pública.

A representação reforça a preocupação com o impacto ambiental da Estação Chácara do Jockey e exige medidas concretas para proteger a região. Toninho destaca que continuará acompanhando o caso de perto: “Seguiremos lutando por uma cidade mais justa, sustentável e com participação popular de verdade.”

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