
Perseguição política e terceirização da gestão escolar em São Paulo
Perseguição política e terceirização das responsabilidades, é isso que está acontecendo em São Paulo com a decisão de Ricardo Nunes de remover 25 diretores de suas escolas e nomear interventores para ocupar esses cargos.
Ataque à gestão democrática das escolas
Ricardo Nunes fere o princípio da gestão democrática ao afastar diretores experientes, desviando o foco dos reais problemas da educação na cidade — a gestão irresponsável, o sucateamento da estrutura das escolas e a precarização dos trabalhadores da educação. Tudo isso para atender a um projeto privatista que ameaça o futuro da educação pública em São Paulo. – Assista a fala do Vereador professor Toninho Vespoli.
Uso contraditório dos resultados do IDEB
Durante a campanha, Nunes minimizava os resultados do IDEB. Agora, usa esse índice como justificativa para afastar diretores, ignorando que é impossível melhorar os índices educacionais em escolas sem investimentos adequados, sem salas multimídia, sem equipes de limpeza, com poucos ATEs e AVEs. Nenhum interventor milagroso conseguirá mudar essa realidade.
Investimentos e maquiagem de gestão
Espera-se que, junto a essas intervenções, haja aumento de verba para inflar artificialmente os índices do IDEB, mas isso é apenas maquiagem de gestão, não uma política educacional de qualidade.
Ação judicial contra a Lei nº 18.221/2024
Desde a aprovação da Lei nº 18.221, de 27 de dezembro de 2024, que permite a remoção de diretores com base no desempenho da escola, nosso mandato entrou com uma ADPF no Supremo Tribunal Federal para contestar a inconstitucionalidade dessa medida. A ação está com o ministro Luiz Fux e aguarda julgamento.
A luta por menos alunos por turma
Nunes e o secretário Fernando Padula poderiam tomar uma decisão audaciosa: apoiar a redução do número de alunos por turma, uma luta histórica na educação. Quando fui relator do Plano Municipal de Educação (PME), propus metas claras para essa redução. Porém, Nunes, na época vereador, atuou para desmontar o plano, usando o pretexto da “ideologia de gênero”.
Avanço da privatização e terceirização
Os avanços conquistados no PME foram desmontados e, paradoxalmente, o projeto de privatização e terceirização da educação municipal avançou. Agora, querem substituir diretores com mais de 4 anos de experiência por interventores indicados sem conhecimento da realidade escolar.
Defesa da gestão democrática
Gestão democrática é diálogo, participação da comunidade escolar e conselhos atuantes. No entanto, para um prefeito alinhado ao bolsonarismo, que despreza a democracia, esses espaços são vistos como obstáculos a serem eliminados.
Resistiremos!
Não aceitaremos esse ataque à educação pública e à democracia. Vamos lutar até o fim para reverter essas medidas autoritárias e garantir uma educação pública de qualidade, inclusiva e democrática para São Paulo.
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