“A crise da educação no Brasil, não é uma crise, é um projeto”
Darcy Ribeiro
por Deborah Fasanelli e Helio Brasileiro
Lutar por uma educação pública de qualidade é lutar por uma sociedade mais justa, solidária, democrática e inclusiva.
Ficamos por mais de uma década com uma política de reajuste salarial de 0,001%, que nos acarretou perdas salariais irreparáveis, atreladas à falta de condições de trabalho e a precarização dos serviços públicos, fomos impactados com a terrível reforma da previdência, o nefasto confisco dos 14% e vivemos agora sob a espreita do fantasma da política de subsídios.
A atual gestão municipal, vem escancarando cada vez mais sua política privatista e de extrema direita, usando a educação pública como uma simples moeda de troca, a seu bel prazer, precarizando o atendimento para assim poder justificar as respectivas privatizações e parcerias público privadas, agradando aos interesses empresariais e colocando à venda a cidade de São Paulo. Em outras palavras, é o prefeito “vampirizando” nossos recursos públicos, ao invés de investir em políticas públicas à toda uma sociedade.
Não houve construções de novas Unidades Escolares na rede direta, ocasionando uma superlotação às existentes, às quais não dão conta em atender a atual demanda escolar, impactando na perda de espaços de enriquecimento pedagógico como: brinquedotecas, sala de leitura, sala de uso múltiplo, entre outros, para dar conta do grande número de estudantes por sala/turma, devido não haver uma real análise territorial da demanda local e de seus impactos, baseados no georreferenciamento.
Todo prédio construído foi entregue a parceria público privada (rede indireta), a exemplo do que aconteceu com os CEUS/CEMEIS entregues à gestão do Instituto Bacarelli.
Outra questão, é o número de obras superfaturadas que não atendem as reais necessidades das unidades: faltam recursos humanos, o que compromete a especificidade da rotina escolar; uma inclusão escolar, de fato, com qualidade e sem ser excludente; a falsa sensação da ampliação do tempo de permanência dos estudantes sem levar em conta a dimensão da qualidade e do real impacto ao acesso e continuidade nos estudos; a morosidade na chamada dos concursos de ingresso/acesso vigentes; a revitalização da rede de proteção aos estudantes; melhores condições de trabalho para a saúde física e mental das trabalhadoras e dos trabalhadores da educação.
O vereador Toninho Vespoli é professor da rede municipal e tem sido uma figura bastante combativa e, assim, imprescindível na Câmara. Tem travado e feito vários enfrentamentos contra a tentativa de desmonte da rede pública municipal, incentivando e mobilizando a categoria a participar de todas as lutas trabalhistas pela valorização da carreira, buscando realizar sempre a escuta ativa de todos os segmentos.
E você, já o encontrou nos atos? E na sua Unidade como é construída as mobilizações? Conte aqui pra gente?
